A Roca de Frigga

No momento em que outrora os romanos celebravam o Campitalia em honra dos Lares, também se assinala o dia da Roca. É nesta altura que se consagra o símbolo de excelência da mulher com o retomar dos trabalhos de fiação, após a necessária suspensão no Yule. Durante o Yule nem uma roca poderá girar nas mãos das senhoras da casa, em concomitância com o interstício temporal no período do ano mais escuro e agitado pela Caçada Selvagem.

Frigga é exaltada a cada 12 de janeiro, em memória da época áurea da Velha Inglaterra pagã rendida aos cultos revelados aquando da chegada das tribos guerreiras da Germânia. Os acólitos da deusa, Freefolk, cantavam loas ao Dia Santo da Roca e evocavam o poder sagrado da mulher, como agente da urdidura da Teia Cósmica. No folclore da Noruega, as fiandeiras eram vistas como poderosas feiticeiras de cujas bocas saiam encantamentos incontornáveis e de suas mãos nascia o fio da vida.

A roca de Frigga brilha no firmamento negro sob a designação da constelação do Caçador Oríon. As Três Marias, as três das sete estrelas visíveis no céu (himmel em germânico) são as Três Ceifeiras, por estarem alinhadas da mesma maneira que as segadeiras terrenas na colheita dos cereais. O Dia Santo da Roca, Dia Santo de Frigga enobrece o papel das mulheres como fuso que faz girar a vida a cada ciclo: nascimento-morte-renascimento. Elas nutrem, geram e providenciam o alimento para a boca de todos dos seus filhos.

Hail, Frigga
Hail, Mãe
Hail, Senhora de todos nós
sete estrelas visíveis a olho nu, três das quais são conhecidas como as Três Marias

orion In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-01-12].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/orion>.
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