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A mostrar mensagens de março, 2014

Freya e Holda entre as resistentes da repressão

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Já perto da despedida de março, mês da primavera e da exaltação dos poderes da deusa, apresento um manuscrito inglês de Harley Psalter que ilustra com precisão o conflito entre o novo regime religioso liderado pela figura patriacal, que vemos no topo da montanha, com o culto da Mãe, em baixo. Nesta representação observamos a resistência da deusa às cenas de repressão em torno de si, pela imposição do Cristianismo. É muito interessante ver aquela figura feminina seminua, a dançar em cima de uma pedra enquanto cultuada por um punhado de homens nus, ainda fiéis a Ela, mas receosos perantes os castigos de que seriam alvo. A deusa mantém uma posição central, embora mais terrena e rodeada pelo drama repressivo. Ao seu lado notamos a presença da Árvore da Vida, uma cornucópia e um manto pendurados nos ramos, como atributos do seu poder fecudante.  A nudez era o primeiro pecado apontado às divindades femininas pelos missionários cristãos, por aludir à liberdade sexual e à manisfesta

Ostara traz o brilho da felicidade

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Agora que estamos com um pé na primavera, abrem-se as janelas ao brilho de Ostara e arregalam-se os olhos ante a beleza das bétulas, teofania do princípio feminino divino. A Árvore da Vida carrega no seu ventre a regeneração da Natureza. A água é o líquido amniótico no qual gesta as flores que enfeitam os campos silvestres e espalha as fragrâncias do amor. A bétula é Berkana, a runa da deusa, e o suporte da existência na mitologia nórdica. É a Grande Anciã da tradição dos Montes Urais  que regula os ciclos migratórios das aves e a que ordena os renascimentos. É a Austras koks , a árvore do Este ou a árvore da alvorada no contexto mitológico da Letónia. Esta árvore luminosa começa a crescer no preciso momento em que Saule, deusa Sol, inicia a sua jornada pelo céu. Pode ser um carvalho, árvore associada ao ciclo solar e à vida que perdura, ou uma bétula, árvore ligada à luz e à emanação de vitalidade. As folhas de Austras koks são de prata, as raízes de bronze e os seus ramos

O "contrato" com os deuses

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A religião nórdica não se fundamentava no sentido de fé, de acordo com o dogma Cristão,   centrando-se basicamente no objeto de culto de divindades próximas ao Homem e não num espaço transcendente e inalcançável. Os estudos linguísticos de Helge Ljungberg demonstram que o verbo no Islandês Antigo, trúa, que serve de suporte ao afixo tro na definição da especificidade de uma corrente religiosa ( Asatrú , por exemplo), explicita o significado “fundar-se em, confiar-se a”   uma determinada força espiritual. Ou seja, não existe uma atitude passiva e meramente contemplativa na relação com os deuses, há pois uma aliança de confiança mútua e inter-relacional, por isso o qualificativo, como acrescenta Helge Ljungberg , gođlauss (“sem Deus”) não se aplicava a quem não acreditava nos deuses, mas a quem se recusava a sacrificar algo em honra deles. A natureza nuclear dos ritos celebratórios antigos indica a estrita consciência do reconhecimento de uma família espiritual durante os

A deusa está de volta para recuperar o seu lugar

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Dia 15 de março, no auditório da Biblioteca Municipal de Felgueiras, as Máscaras serão desveladas para anunciar o Retorno da Deusa, no segundo dia sob a regência de Berkana, a runa da Bétula, e da essência feminina mais pura.  Apareçam, às 16 horas!!!!!

Proposta de viagem pelo Destino

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Depois das fantásticas experiências psiconsensoriais no primeiro conjunto de oito sigilos, eis chegado o momento da segunda viagem pela sabedoria das Runas! Quem falhou o primeiro destino poderá juntar-se agora à digressão mágica pelo segundo Aett (família de Runas) do FUTHARK. Entraremos pela porta da noite cósmica em Hagalaz, a Runa Mãe, a matriz onde tudo se desfaz e refaz. O convite sugere uma difícil, porém regeneradora, caminhada por entre as forças do caos e da transformação! Vivenciamos, com o suporte das posturas psicodinâmicas, a ciclicidade do Tempo. As oito Runas deste conjunto abrem-nos a mente a uma nova perceção de crescimento espiritual, ao fazer emergir memórias cristalizadas no mais profundo estrato do nosso subconsciente. É a oportunidade de experimentarmos e testarmos a resistência do tear das Irmãs do Destino, e, assim, tecermos um padrão de vivências renovado – a promessa é a vitória luminosa. É neste plano cósmico que lidamos com as energias que agitam, pu