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A mostrar mensagens de novembro, 2013

Isa e a aprendizagem da paralisia

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A partir do dia 28 de novembro, estaremos sob a regência de Isa, a runa do gelo, da força estática. Falar de força num período de paralisia soa a paradoxo, já que se trata da faculdade de operar, agir ou mover-se. De certa forma, na inércia de Isa gera-se uma energia especial. Enquanto nos vemos atados obrigatoriamente a um momento, temos a possibilidade de escutar o interior. É um processo idêntico ao que acontece sobre um rio, ou um lago: só a superfície gela, deixando o fundo líquido e desobstruído, e gestante. A vida mantém-se, mesmo não entrando a luz exterior. O comando é precisamente anestesiar a nossa percepção aos estímulos externos e providenciar um estudo endógeno, de entendimento dos sinais que ecoam no interior e para os quais nem sempre temos ouvidos atentos. Isa trava e desacelera com o objetivo de criarmos uma resistência, uma intensidade especial sobre os nossos alicerces. A camada de gelo tonar-se-á água na primavera e, por ação do calor, dela nascerá matéria. E

Festa da vida em Ydallir

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Neste dia, Ydallir, o vale dos teixos, está em festa. Ullr, o deus arqueiro, aponta a sua seta da Glória e ilumina os céus de inverno. O santuário em Lilla Ullevi, “lugar consagrado a Ullr”, a norte de Estocolmo, comprova a existência de um culto a uma divindade misteriosa, que os mitolólogos fazem circular por entre das duas castas de deuses. Não deve importar muito se é um Vanir ou Aesir, porque Ullr reina neste período do ano, em que o homem antigo se dedicava à caça, como fonte alimentar, e enfrentava a frieza e crueldade do gelo. Skadi, a deusa das montanhas ruidosas, é também senhora os tempos de escuridão e do frio. Arquétipos dos forças insconscientes do que se parece medonho, difícil, que castra, e enclausura, Ullr e Skadi simbolizam a morte, mas também o instinto de sobrevivência. Eles caminham sobre a neve, usando sapatos próprios ou esquis e mostram que é possível contornar as dificuldades e viver em plena fase de inércia. O teixo é o guardião do fogo, aquele que

Suástica: o Centro Imutável - a Luz Cósmica

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(Excerto do artigo Exorcizando a simbologia da Suástica na compreensão do Absoluto, publicado sob o pseudónimo  Valquíria Valhalladur na Anima Mystica revista digital) Um dos símbolos mais antigos do mundo de origem ariana, a cruz suástica reproduz a rotação da energia, e assim se movimenta também a Roda da Vida, o vórtice simbólico que, ao girar, desenha no éter uma dupla espiral. René Guénon vê uma relação íntima entre a espiral dupla, a dicotomia yin-yang, e a rotação helicoidal da suástica. "Pode considerar-se como sendo a projeção plana dos dois hemisférios do Andrógino, e oferece a imagem do ritmo alternado da evolução e da involução, do nascimento e da morte (…) são as duas metades do "Ovo do Mundo", e tem o mesmo sentido de rotação da suástica, já que representam a revolução do mundo em torno do seu eixo". A suástica representa a luz concedida pela divindade omnipotente quer seja essa Manu, Buda ou Brama do Oriente, ou Thor ou Zeus do Ocidente. O seu