Sfjon traz o amor em fevereiro

Hail, Fevereiro! Mês governado pelas mulheres, que nesta fase se dedicam à limpeza e recolha da neve imposta pelo inverno, preparando caminho para a entrada da luz, da vida, da alegria e da fertilidade que elas simbolizam. 

Iniciamos o segundo período do ano sob a égide de Februa, a deusa romana da paixão amorosa. A mãe de Marte dá o seu cunho particular à véspera da primavera, como que a preparar os impulsos da vitalidade. A Sul, Februa era a Senhora do Mês, também a Norte o tempo estava entregue ao elemento feminino. A festa da vida era comum à cultura dominante de outrora, deixando o seu legado oculto, mas latente, a aguardar pela sua atualização, por exemplo, através deste texto. Os ritmos temporais mudaram radicalmente, cortando os vínculos às atividades agrárias que elegiam a Mulher nesta altura do ano. 

O amor está no ar. Sfjon, a Harmoniosa, reina em fevereiro. A deusa nórdica, uma das serventes de Frigga e como tal sua hipóstase, regia o amor, lembrando, de certa forma Februa, Senhora da Emoção Amorosa. Marte herdou-lhe a "febre" da pulsão sexual e não foi apenas uma divindade da guerra, sendo também uma força produtiva essencial para desencadear a reprodução dos solos. A ação de Sfjon é mais serena e menos inflamada, pois pela sua intervenção as discussões entre casais terminavam. A energia de Sfjon é positiva: doava amor e sexo numa relação e, assim, mantinha a chama acessa a quem a Ela recorressem.

Fevereiro arranca sob o fogo de Brigit, Deusa Celta do Fogo, das Artes. A Candelária, no dia 2, é a festa das luzes, e lá vamos nós a caminho do regresso de Sól. A deusa solar aproximasse no seu carro processional, dispensando a fertilidade e razão da alegria dos seres vivos. É tempo de purificação, de revivência.

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