Os murmúrios da gydja
No
regaço da densa floresta, a noite repousa. O bosque primordial,
Urwald, ergue-se nas trevas noturnas para reinar sob a luz lunar,
ocultando e albergando muitos segredos, que quase nenhum foi revelado
e nem a magia consegue despertar. No coração deste imenso mar
florestal pulsam histórias enigmáticas de um povo que desafia a
morte e vence os seus inimigos.
Caminha-se
com dificuldade como se tentássemos romper uma espessa e escura
membrana até ser possível avistar uma vasta clareira - tão
infinita como a linha invisível do horizonte.
No seu centro crepita uma fogueira atiçada por uma bela mulher que lança para os braços ansiosos das labaredas ervas de aromas mágicos. Ela canta, evoca, chama e chora em apelo humilde às potências da Natureza. Arrasta a bainha do comprido vestido em passos lânguidos e calculados num compasso de entrada nos mundos suprassensíveis. A noite cala-se perante a excelência do poder da gydja! A vida descansa no embalo das suas canções. Os longos cabelos dourados refletem a luz prateada da Lua num desafio ardiloso para nos perdemos na loucura de a alcançar no espaço sideral. O rosto do grande luminar cresce em direção ao plenilúnio. A gydja aproveita o momento para extrair do limiar do apogeu das forças ctónicas a energia visceral da cabra sacrificada aos deuses.
No seu centro crepita uma fogueira atiçada por uma bela mulher que lança para os braços ansiosos das labaredas ervas de aromas mágicos. Ela canta, evoca, chama e chora em apelo humilde às potências da Natureza. Arrasta a bainha do comprido vestido em passos lânguidos e calculados num compasso de entrada nos mundos suprassensíveis. A noite cala-se perante a excelência do poder da gydja! A vida descansa no embalo das suas canções. Os longos cabelos dourados refletem a luz prateada da Lua num desafio ardiloso para nos perdemos na loucura de a alcançar no espaço sideral. O rosto do grande luminar cresce em direção ao plenilúnio. A gydja aproveita o momento para extrair do limiar do apogeu das forças ctónicas a energia visceral da cabra sacrificada aos deuses.
Os animais notívagos testemunham ao bailado da gydja, mantendo-se a uma curta distância, sempre prontos ao seu chamamento. Ela continua a sussurrar cânticos apenas inteligíveis aos ouvidos dos espíritos arcanos de Urwald, entoando na noite que é só dela na busca do encantamento dos nós dos três ventos.
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