Disting: A Festa dos Poderes Femininos
Chego atrasada para falar do Old Disting, a festa das Dísir do calendário antigo rúnico que corresponde ao gregoriano a 25 de janeiro. A celebração dos espíritos femininos é uma espécie de lembrança ativa da influência e importância das guardiãs no bem-estar e prosperidade da tribo ou clã. Nesse dia, o poder feminino exponenciava relação do homem com as forças numinosas que emanavam no espaço físico e social, e graças à sua presença, a vida progredia. A Dís é uma mãe ancestral, o significado mais profundo do que é maternal e protetor. Freya é a Vanadis, a Mãe divina dos Vanir, a deusa da fertilidade, da riqueza, líder das valquírias e senhora da magia feminina, o seidr. Na mitologia nórdica, as Dísir compõem um grupo de seres divinos sobre os quais pouco se sabe em profundidade, apenas que aparecem a um individuo da família que protegem no momento da sua morte ou se manifestam perante uma situação de perigo.
Convocadas a
25 de janeiro (embora haja referências a festividades no outono na Noruega) no
grande templo de Upsala, Elas emergem dos domínios celestes e dançam com os
seus acólitos. Os mistérios femininos vão ao rubro operando magia simpática
sobre as forças produtivas dos solos. É a Mulher que se celebra nesse momento. Diseberg,
Disevi, na Suécia, e Disen na Noruega são topónimos que reservam a memória de
um lugar cerimonial dedicado às Dísir. Não sendo propriamente entidades do
Destino, Elas marcam presença nos nascimentos e conhecem os desígnios traçados
por Urd, a irmã mais velha das três Nornas.
A Dís é,
pois, um espírito tutelar, ligada a um determinado lugar, família, tribo, clã. É
este ser sobrenatural que preserva a sorte e fertilidade da terra e das
mulheres onde floresce uma comunidade, sobretudo de uma dinastia real. É a
certeza de que o poder feminino é parte integrante e até fulcral no pensamento
religioso de um tradição patriacal.
Espero,
sinceramente, que o brilho da Dís ilumine a nossa consciência e nos guie na
viagem de retorno à ligação com os poderes celestes que habitam e protegem a Terra.
O divino está aqui, bem no meio de todos nós!!!!
Fabuloso! Adorei!
ResponderEliminarAbraços