Ressuscitar o "nosso" Balder
Uma vez que vamos retomar ao ciclo crescente do Sol, que culminará com o regresso triunfal do astro da vida no solstício de verão, recordemos a morte do belo e adorado Balder, o mais amado de todos os deuses germânicos. Essência mais pura da luz do Sol, o filho de Odin e de Frigga, senhora que regula a maternidade, tinha um caráter generoso, alegre e corajoso, alegrando os corações de todos aqueles com quem convivia. Quando começou a ser atormentado por pesadelos que lhe pressagiavam um fatal destino, solicitou ao pai que descobrisse o significado daquelas terríveis notícias vindas do inconsciente. Odin, lesto, montou Sleipnir e viajou até ao submundo para consultar a vidente que jazia morta em Helheim, mas mantinha a memória ativa sobre estas matérias sensíveis e irracionais. Disfarçado embrenhou-se pelas neblinas gélidas e infernais e despertou a feiticeira utilizando técnicas antigas de necromancia. Odin, primeiro, quis saber por que razão havia salas no submundo preparadas com tam