O conceito perdido das Runas
Tyr |
A runelogia constitui apenas uma forma residual da relação do homem da antiga Germânia e dos primórdios da história da península escandinava com os deuses. Lançar as runas não chega para nos sentirmos integrados no ambiente mágico dos Vikti (uma das designações antigas para os conhecedores das runas) e muito menos basta para nos embrenharmos nos domínios ocultos das divindades regidas pelo deus Odin. Podemos conhecer a linguagem padronizada para facilitar a interpretação da simbologia dos 24 ideogramas desenhados em cartas ou inscritos em bonitas pedrinhas, mas provavelmente muito poucos estarão interessados em integrar as forças divinas nos processos simplórios da adivinhação. Será sempre um ótimo sinal se as runas Fehu ou Tyr pautarem uma tiragem individual, porém continuará pendente a mensagem que cada uma delas esconde. O significado de cada uma das runas vai-se desvelando à medida que reagimos emocionalmente aos impulsos que emanam dos símbolos e as suas forças sobrenaturais religam a nossa alma à Antiguidade da Natureza, no fundo a sua fonte de vida e os domínios celestes. O Homem vai-se tornando uno com o Deus, imanente na natureza. O contacto e integração da força numinosa subjacente em cada runa abre-se um horizonte de autoconhecimento e uma via iniciática nos mistérios das leis naturais. O trabalho de posturas rúnicas é um facilitador deste processo transformador e mágico.
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